FESTIVAL DE CINEMA INTERNACIONAL

AMAZÔNIDA

“pois que há uma canção em ti submarina
uma promessa de água e sombra um som premissa
Eu Eros quero te dizer, disseminar-te,
minar-te”

Max Martins

Nascido em 2020, em Alter-do-Chão, Santarém-PA, o Olhar Film Festival é um festival de cinema amazônida, itinerante e internacional. O evento dura o ano todo, e é sediado em diferentes cidades da região norte do Brasil, tendo uma edição a cada dois meses. Ter 6 edições de um festival no decorrer de um ano potencializa as trocas culturais que um festival de cinema pode oferecer. Cada edição tem quatro dias de duração e todos os filmes podem ser vistos de forma presencial e forma remota, para que cineastas e espectadores de outros países possam ter acesso ao festival.

acai brasileiro preto branco

O Olhar Film Festival nasce de uma necessidade de tecer novos sentidos para o ver e o consumir cinema na região norte do Brasil. O Festival vem para gerar a possibilidade de descentralização de uma narrativa maior sobre fazer cinema na Amazônia que ainda reproduz técnica de olho limitante no que diz respeito ao o norte brasileiro enquanto criador de epistemologias visuais e o tratamento dado aos seus registros de imagem e som, sobre a relevância de visões divergentes do que comumente é associado a este território. É preciso demarcar também que esse festival vem para provocar novos diálogos e trocas entre os produtores do audiovisual na Amazônia, gerar proximidade entre os seus diversos atores e levar o cinema à população.

A ideia do guaraná nasce justamente da emergência dessa descentralização, de pensar um festival de cinema amazônico, itinerante e sem limitações, falar sobre efervescer e energizar histórias, de colocar não só a Amazônia como berço e nascente de diversas narrativas cinematográficas fluidas, mas também como palco e tela dessas manifestações.

É por essa necessidade, compromisso político, social e estético de apresentar referências distintas e possíveis que dizem profundamente sobre a identidade, o desejo, a ausência, a luta, a rotina, a encantaria, a música e tudo aquilo que o cinema pode transmitir. Referências que não carregam estigmas como "a cara da Amazônia" para se validarem como narrativas de beira (MALCHER,2021). Referências que se assumem no compromisso de despir o olhar para o novo, mesmo que essas referências e modos ainda passem por uma curadoria totalmente paraense, profissional e atuante no território, com equipe de produção nos locais de exibição que assumem este compromisso com o novo e a ressignificação.